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Sobre nós | About us


Contra a guerra, contra o ódio, por um futuro de justiça

Nós, da Frente Judaica de Esquerda, uma organização de judeus e judias comprometidos com os valores da justiça, da dignidade humana e da solidariedade entre os povos, nos posicionamos com firmeza contra a escalada militar em Gaza, contra a ocupação prolongada e contra o uso da nossa identidade para justificar a violência. O sionismo não é a nossa identidade, a comunidade judaica não nos representa automaticamente, e jamais iremos submeter doismil anos de história a um projeto
colonial




Against war, against hatred, for a future of justice

We, the Jewish Left-Wing Front, an organization of Jewish men and women committed to the values of justice, human dignity, and solidarity among peoples, firmly oppose the military escalation in Gaza, the prolonged occupation, and the use of our identity to justify violence. Zionism is not our identity, the Jewish community does not automatically represent us, and we will never submit two thousand years of history to a colonial project.






Vladimir Herzog-

Vladimir Herzog, o Vlado, foi jornalista, professor e cineasta brasileiro. Nasceu em 27 de junho de 1937 na cidade de Osijsk, na Croácia (na época, parte da Iugoslávia), morou na Itália e emigrou para o Brasil com os pais em 1942. Foi criado em São Paulo e naturalizou-se brasileiro. Estudou Filosofia na Universidade de São Paulo (USP) e iniciou a carreira de jornalista em 1959, no jornal O Estado de S. Paulo. Nessa época, achou que seu nome de batismo, Vlado, não soava bem no Brasil e decidiu passar a assinar como Vladimir. No início da década de 1960, casou-se com Clarice Herzog.


Vladimir começou a trabalhar com televisão em 1963. Dois anos depois, foi contratado pelo Serviço Brasileiro da BBC e mudou-se para Londres. Lá nasceram seus dois filhos, Ivo e André. Em 1968, retornou ao Brasil. Trabalhou na revista Visão por cinco anos e foi professor de telejornalismo na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e na Escola de Comunicações e Artes da USP. Em 1975, Vladimir Herzog foi escolhido pelo secretário de Cultura de São Paulo, José Mindlin, para dirigir o jornalismo da TV Cultura.


Em 24 de outubro do mesmo ano, foi chamado para prestar esclarecimentos na sede do DOI-Codi sobre suas ligações com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Sofreu torturas e, no dia seguinte, foi morto. A versão oficial da época, apresentada pelos militares, foi a de que Vladimir Herzog teria se enforcado com um cinto, e divulgaram a foto do suposto enforcamento. Testemunhos de jornalistas presos no local apontaram que ele foi assassinado sob tortura. Além disso, em 1978, o legista Harry Shibata confirmou ter assinado o laudo necroscópico sem examinar ou sequer ver o corpo.


Em 1978 a Justiça brasileira condenou a União pela prisão ilegal, tortura e morte de Vladimir Herzog. Em 1996, a Comissão Especial dos Desaparecidos Políticos reconheceu oficialmente que ele foi assassinado e concedeu uma indenização à sua família, que não a aceitou, por julgar que o Estado brasileiro não deveria encerrar o caso dessa forma. Eles queriam que as investigações continuassem. O atestado de óbito, porém, só foi retificado mais de 15 anos depois. O documento foi entregue pelo estado para a família em março de 2013: no lugar da anotação de que Vladimir morreu devido a uma asfixia mecânica (enforcamento), no documento passou a constar que “a morte decorreu de lesões e maus-tratos sofridos durante o interrogatório em dependência do II Exército – SP (DOI-Codi)”.




Vladimir Herzog-


Vladimir Herzog was a Brazilian journalist and professor who was arrested and tortured by the military police in 1975 because of his supposed communist ties. After he died during the first day of his imprisonment, the military announced that he had committed suicide by hanging himself in his cell block. Several pieces of evidence, including multiple contusions that suggest strangulation, point to the staging of his suicide on the part of the military regime.


Herzog’s death is considered one of the major turning points in Brazil’s slow re-democratization process, as public protest of Herzog’s death demonstrated a widespread resistance to the military regime. A week-long 30,000-person strike was initiated on the part of university students and professors, rejecting the suicide story promulgated by the government, and protesting the tactics employed by the dictatorship to cover up tortures. A week after Herzog’s death, eight thousand people attended an ecumenical service for the late journalist, led by Rabbi Henry Sobel and Presbytarian minister Jaime Wright. Rabbi Sobel, the chief rabbi of a São Paolo synagogue, decided that Herzog should be buried in the center of the cemetery, disavowing the official claims of suicide that in Jewish tradition would have relegated his body to a corner of the cemetery.


Justice Grants Lifetime Pension to Vladimir Herzog's Widow,
50 Years after his Assassination by the Dictatorship.

São Paulo 
                  

A 2ª Vara Federal Cível do Distrito Federal concedeu a Clarice Herzog, de 83 anos, publicitária e viúva do jornalista Vladimir Herzog, uma pensão vitalícia em razão do assassinato de seu marido pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar, em 1975.


A sentença determina o pagamento mensal de quase R$ 35 mil a Clarice, como forma de reparação pela morte de Herzog, e afirma que o pedido é plausível, considerando o reconhecimento do jornalista como anistiado político e a confirmação de sua execução no relatório da Comissão Nacional da Verdade.

Segundo o juiz Anderson Santos da Silva, o Estado brasileiro é responsável pela violação de direitos e garantias no caso Herzog, que já foi julgado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos.


A decisão ainda deverá passar por julgamento de mérito no Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Vladimir foi torturado e morto em uma unidade militar. Os militares forjaram uma narrativa de suicídio, e a foto encenada para sustentar essa versão se tornou um símbolo da repressão daquele período.


Após a morte do marido, Clarice iniciou um movimento para que o assassinato fosse investigado e os responsáveis fossem

responsabilizados.

São Paulo 

                  

The 2nd Federal Civil Court of the Federal District granted Clarice Herzog, 83, a publicist and widow of journalist Vladimir Herzog, a lifetime pension due to her husband's murder by the Brazilian state during the military dictatorship in 1975.

The ruling awards Clarice monthly government payments of nearly R$ 35,000 as reparation for Herzog’s death and states that her claim is plausible, following the journalist’s recognition as a political amnesty recipient and the confirmation of his execution in the National Truth Commission’s report.


According to Judge Anderson Santos da Silva, the Brazilian state is responsible for the violation of rights and guarantees in the Herzog case, which has already been ruled on by the Inter-American Court of Human Rights.

 

The decision must still undergo merit evaluation by the Federal Regional Court of the First Region.

Vladimir was tortured and killed in a military unit. The military fabricated a suicide narrative, and the photo staged to support this version became a symbol of the period’s repression.

 

After her husband’s death, Clarice began a movement to have the murder investigated and those responsible held accountable.


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Nosso objetivo-
Our goal

No Brasil, também vivemos um momento decisivo. O avanço de discursos autoritários, militaristas e antidemocráticos exige de nós vigilância, resistência e união entre todos que acreditam em um país plural, justo e livre.

Here in Brazil, we are also at a critical moment. The rise of authoritarian, militaristic, and anti-democratic discourse demands our vigilance, resistance, and unity among all who believe in a pluralistic, just, and free country. 
Brazilian democracy remains our most precious asset. And it is our duty, as citizens and as progressive Jews, to defend it from those who try to use it in the name of fear and hatred.


Criando um futuro diferente


não esperamos que outra pessoa aja - começamos juntos, aqui e agora.

sempre ao lado da humanidade


onde há injustiça, também há espaço para a esperança. ser judeu é escolher compaixão, paz e igualdade - repetidamente.

ninguém fica para trás


cada pessoa importa. escolhemos uma sociedade onde cada um é visto, acolhido e recebe uma chance justa de pertencer.